A LUCIDEZ POLÍTICA E A CORAGEM DO PESSOAL DA VARIG (Pedro Porfírio)
'Mas para fazer diferença este nosso apoio tem de ser ativo, não basta só o seu voto - temos de buscar o voto de nossos familiares e nossos amigos para esses aliados. Por isso, convidamos você a cair na Internet e no telefone'.
Do documento das associações de profissionais da Varig.
Num dos mais belos textos já escritos para expor as razões de um apoio político, as lideranças das associações dos funcionários da Varig, cidadelas heróicas de uma resistência inesgotável, traduzem o sentimento de uma corporação que teve a oportunidade de conhecer quem é quem na vida parlamentar do nosso país.
Independente de ser um dos destinatários dessa reflexão corajosa, considero essa atitude uma resposta exemplar dos que têm responsabilidade de liderar e formar a opinião pública, objeto da propaganda maciça direcionada e de todo tipo de pressão espúria, em conseqüência de que temos a cada legislatura casas legislativas do mais baixo nível, dominadas por corruptos inescrupulosos, que lá chegam com a 'legitimidade' do voto popular.
Posicionar-se perante seus pares é mais do que um direito, é uma obrigação. Quem está à frente de uma categoria tem acesso privilegiado a informações e lida rotineiramente com os titulares da confiança popular. Os líderes são, portando, testemunhas oculares dos fatos mais íntimos das relações entre governantes e cidadãos.
Nesse caso, as lideranças oferecem não mais do que uma palavra de confiança. Não há comparação com o uso da máquina sindical, prática de certos sindicalistas, em que são disponibilizados para os candidatos desde os seus empregados, até caríssimos caminhões de som, sem falar na contratação de panfletadores com recursos da entidade grosseiramente camuflados.
No caso da Varig, a sucessão de despropósitos que levou a um verdadeiro crime contra a soberania brasileira serviu também para revelar o caráter pervertido da maioria dos políticos brasileiros.
No auge da magna companhia aérea, os políticos faziam filas para festejá-la e usufruir das benesses oferecidas por suas diretorias sempre fartas na adulação dos poderes.
Quando a crise que levou à débâcle foi se desenhando, esses mesmos políticos foram beber em outras fontes, num espetáculo deprimente de indecoroso oportunismo.Logo às manifestações dos primeiros sintomas da crise, quando parecia que ela podia ser enfrentada com placebos de ocasião, o Congresso chegou a formar uma frente de mais de 300 parlamentares em defesa da Varig.
Constatada a gravidade da crise, que exigia atenção honesta dos poderes públicos, esses 'defensores' foram se afastando, até porque, como sói acontecer, no móvel da atitude leviana do governo Lula infiltram-se interesses sujos, com a chancela do compadre do presidente, o todo poderoso Roberto Teixeira, e de figuras notórias como o então 'premier' José Dirceu, apeado do poder sem largar seu portfólio de negócios variados.
O que se perpetrou contra a octogenária companhia brasileira, seus competentes profissionais e seus valorosos aposentados e pensionistas foi a mais irresponsável violência já cometida neste país, como uma espécie de 'serial killer', que fez um universo incontável de vítimas, incluindo os milhões de brasileiros, vendidos de mão beijada aos carroceiros da aviação tupiniquim e, pior, às empresas alienígenas, que já ocupam o melhor do nosso espaço aéreo.
Trapaças tão explícitas teriam de fazer brotar de cada variguiano a percepção política que está adormecida em cada cidadão, objeto de uma científica indústria da alienação, em função da qual as pessoas terceirizam sua capacidade crítica e seu direito de decidir.Uma corporação da mais alta qualificação, provada e reconhecida aqui e alhures, não podia ter sido entregue às feras, como aconteceu de forma vergonhosa por conta da deliberada omissão do governo Lula, o mais gigantesco e bem concebido 'cavalo de Tróia' que se instalou neste país.
Para entender o próprio sofrimento, as humilhações e as privações que vivem hoje, esses cidadãos passaram por uma verdadeira redescoberta política.
Como pode o seu holocausto acontecer logo no governo do Partido dos Trabalhadores, em cuja trilha serviram o dorso ao lado de milhares de assalariados, que sonhavam com um governo leal, em que, pelo menos, a defesa do seu emprego seria cláusula pétrea?
Os mais de 10 mil integrantes de uma família que cresceu junta, e que junta imaginou dias melhores com a ascensão de um emergente do movimento operário, estão até hoje sem entender por que os bancos fazem a festa com lucros além da estratosfera e os especuladores são sempre socorridos, enquanto eles, que levavam a bandeira brasileira a quatro continentes, como agentes avançados de nossa beleza, foram parar no hangar dos inservíveis, uma espécie de campo de concentração da modernidade.
Nem com a dívida da defasagem tarifária, processo que se arrasta há 18 anos, dispôs-se esse governo parido da esperança para um encontro de contas que evitasse o assassinato econômico minuciosamente planejado.
Como engolir tamanha monstruosidade?Houve um dia em que a ditadura penalizou a Panair do Brasil por motivos políticos explícitos, próprios de uma época de intolerância e arbítrio.Mas naquele principiar de anos empedernidos - poucos sabem - o então governador Carlos Lacerda, que ainda era um dos pilares do regime imposto, teve a sensibilidade de socorrer aeronautas e aeroviários da inesquecível companhia aérea.
Repartições como o DETRAN, CEHAB e o próprio Banco do Estado acolheram profissionais demitidos, num gesto de grandeza e sabedoria que falta a essa súcia medíocre que governa o país e que ainda vai ser levada ao cadafalso da história quando cair a ficha dos cidadãos, hoje coagidos por abomináveis programas compensatórios, como esse deprimente 'bolsa-família', onde vão acabar jogando metade do Brasil.
Nesses dias de tanta hipocrisia, há um clamoroso agravante: com algumas exceções, o aparelho sindical que se alimenta de uma excrescência compulsória, o imposto que eles mesmos apontavam como fonte do peleguismo, foi cooptado pelos velhos métodos de suborno e corrupção subliminar.
Os Sindicatos que deviam postar-se na primeira trincheira juntaram-se no valhacouto da perfídia e ainda ofereceram sua chancela cúmplice à aprovação da negociata apadrinhada pelo cunhado do presidente, que culminou com o mais execrável 'negócio do chinês' - aquele leilão de um único lance, que permitiu a um fundo abutre dos Estados Unidos pôr as garras na Varig a preço de banana e depois repassá-la, meses depois, aos paspalhos que puseram seus ônibus para voar, no vazio de um espaço aéreo faxinado pela consciente iniqüidade de um governo de falsos brilhantes.
É, portanto, mais do que OPORTUNO E CORRETO o posicionamento político da corporação agredida por políticas insidiosas. Quisera eu que outras categorias, igualmente feridas em suas jugulares como os beneficiários do Petros e outros fundos de pensão, os servidores públicos e os aposentados em geral, bem como os brasileiros que vêem a paulatina desnacionalização do petróleo e a ostensiva ocupação estrangeira da Amazônia, tenham a mesma percepção, a mesma lucidez e a mesma coragem nessa hora em que a democracia vive seu único momento orgástico, que a diferencia de outros regimes.
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FIM
HÉLIO FERNANDES RECOMENDA PEDRO PORFÍRIO
'Ontem, no programa eleitoral, o jornalista Pedro Porfirio, candidato a vereador pelo PDT, estreou na TV. Excelente nome.
Quando era editor da Tribuna (com este repórter preso, e o jornal perseguido e censurado), foi também seqüestrado pelos donos do Poder. Triturado sem parar durante 2 anos, está aí. É um voto de consciência, de defesa da coletividade'.
TRIBUNA DA IMPRENSA, 22 DE AGOSTO DE 2008
SAIBA MAIS
Veja no blog matérias sobre a campanha de Pedro Porfírio à Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O endereço do blog é http://porfirio12123.blogspot.com
Para contatos com o vereador Pedro Porfírio escreva para 12123@pedroporfirio.com Se você desejar material de divulgação, escreva para o e-mail do candidato ou ligue 22241792